Poucos pontos no tricô são tão encantadores quanto as tranças. Elas parecem complicadas à primeira vista, mas escondem uma magia simples e ancestral: fios que se cruzam e se transformam em relevo, textura e poesia.
As tranças nasceram nas Ilhas Aran, na Irlanda, em meio aos ventos frios e à tradição dos suéteres dos pescadores. Cada família tinha seu próprio padrão de trança, e muitos acreditavam que os desenhos traziam proteção, sorte e força.
Mais que um detalhe estético, eram símbolos tecidos com amor e fé, passados de geração em geração.
Apesar de parecerem costuradas, as tranças são formadas ao cruzar pontos com a ajuda (ou não!) de uma agulha auxiliar. Quando você passa um grupo de pontos para frente ou para trás do trabalho, cria-se o efeito de fios entrelaçados — um pequeno truque que dá vida ao ponto.
Uma curiosidade técnica: ao cruzar os pontos, o tricô encolhe na largura e ganha mais relevo e densidade. Por isso, é importante ajustar a quantidade de pontos e fio ao planejar uma peça com tranças — principalmente em blusas, gorros ou mantas.
Existem inúmeros tipos de tranças, das mais simples às mais complexas:
Tranças de 4, 6 ou 8 pontos (C4B, C6F etc.)
Tranças duplas e entrelaçadas
Padrões de favo de mel e celtas
E até as chamadas “tranças falsas”, feitas apenas com pontos meia e tricô, ideais para quem quer começar sem medo.
Além da beleza, há algo de emocional nas tranças. Cada cruzamento de fios lembra os encontros e desencontros da vida, os laços que criamos e o tempo que investimos em cada peça. Por isso, toda trança traz um pouco da tricoteira que a fez.
Se você ainda não se aventurou nas tranças, esse é o momento! Comece com uma amostra pequena, observe os fios se cruzando e sinta a textura surgir sob as suas mãos. Com o tempo, você vai descobrir que cada ponto trançado é uma dança entre paciência, técnica e coração.
As tranças de tricô são muito mais do que um ponto bonito — são um símbolo da tradição, da criatividade e da emoção que o tricô carrega há séculos. E o melhor: com um pouco de prática, qualquer pessoa pode aprender a tecer sua própria história entre fios.
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Este post foi escrito por Day Vaz, do site Eu Amo Tricô. Sou apaixonada por tricô e, há vários anos, compartilho receitas, dicas, aulas e um pouco do dia a dia do meu ateliê nas minhas redes sociais.Venha tricotar junto comigo no site www.euamotrico.com.br ou no Instagram @blogbyday. Um abraço e até a próxima!
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