Quando minha avó faleceu, a última rosa deixada sobre a lápide dela eu fiquei olhando, e pensando como ela adoraria ter visto tantas rosas. Nós tínhamos isso em comum, o amor pelas rosas. Ela tinha o dedo verde, e sempre que gostava de uma roseira, bastava levar um galho para ela que ela fazia mudas e logo, era mais uma para a coleção. É estranho pensar que ela podia ter ganho todas aqueles rosas em vida. Mas não. Lá estavam elas, sobre o caixão, em grandes arranjos, e sobre a terra que cobria seu túmulo.
- Que desperdiço heim vó. Ficariam mais bonitas em um vaso ou em seu jardim.
Enquanto todos deixavam o cemitério, eu retornei e peguei a última rosa que foi colocada sobre toda aquele terra vermelha. Era uma linda rosa branca, com um perfume tão delicado. Eu a trouxe para casa, e guardei. Na semana seguinte, enquanto fazia artes pelo meu quarto (que mais parece um segundo ateliê) ressequei a rosa. As pétalas se perderam todas, viraram pó. Mas as folhas? Ah essas mesmo secas e torcidas continuaram. Não há mais vida neste pedaço do que um dia foi uma linda rosa branca, mas a essência e a memória da rosa, aqui estão. E ela vai comigo para minha nova casa. Mostro para vocês o quê fiz com ela no próximo post...